A Dona do Jogo (3)

Nível Harry de implicância. O tipo de humor que eu não suporto. Por que é vulgar? Não. Porque é machista. Ele pergunta pra Naná. Você é puta do Paulo? Naná faz q. E ele responde. Mulher tem que ser puta do marido, minha mulher é minha puta, minha amiga, minha não sei quê. Eu nem sei por onde começo. Se defendo as putas, se defendo a Naná. Isso não pode passar na edição. Eu sei. Porque é vulgar, alguns dirão. Porque machismo não entra em horário nobre, digo eu. É varrido pra debaixo do tapete. Ele fala compulsivamente. E só coisas que todos nós combatemos. Quem defende o cara, não mora no meu planeta. Eu entendo a produção querer causar polêmica e escolher um homo cavernus. Mas isso se dá às custas da leveza. Às custas do jogo. Tenho tantas críticas ao Flávio. Antes da prova do líder. Tenho muitas críticas à Priscila. Nem cabe fazê-las. Fica tudo suspenso, devido *à* aberração. Não é engraçado. Não apimenta nada. Só transforma a boa idéia da endemol num freak show. Eu não leio Ego. Eu não leio tablóide. O que me interessa em BBB é outra coisa. Eu já sei que estou sozinha. Que a maioria prefere que o Boninho queime os seus desafetos. Eu não. Minha versão seria um BBB nouvelle vague. Os exageros do Max? Aparecerão sozinhos. Os surtos da Francine? Já estão aparecendo. Nada do que é humano me é estranho. Nada do que é humano é previsível. Espero. O bolha sair na terça. E a bolha da Maíra sair na semana que vem. Daí quem sabe minha preguiça passe. E eu volte a ver o que goste. Naná de odiada a favorita. Max cavando o próprio buraco. Ana Carolina. Ah. Ana Carolina. Achando o caminho. Aliás. Já achou. Chega a ser uma pena isso de carisma pesar tanto. A dona do jogo. Poderíamos até evocar sociologia da educação. E falar sobre. Como os filhos da classe média são mais preparados pra tudo. Pra qualquer coisa. Menina chata e mimada. Mas joga BBB como eu nunca vi. Aprendeu em casa. Aprendeu na escola. É injusto mesmo com os pobres. C'est la vie. A nona edição já tem vencedora moral. Loira aguada? Presente. Branquela? Presente. Thanks, Ana. A despeito da PÉSSIMA produção da rede globo, você nos mostra. Que o formato funciona. Desde que, né?

Talvez depois da expulsão eu volte a me empolgar. Por enquanto fica o clima. Não é possível, esse cara foi plantado.

Lembrem-se, menino e meninos. Um milionário precisa de sorte, além de talento. Fran e Max não tem sorte. Ninguém sente mais que eu.